Economize água! Sistema Cantareira já está em estado de alerta
O sistema Cantareira, principal reservatório de abastecimento de água da Grande São Paulo, chegou no domingo a 39,9% de sua capacidade, nível considerado de alerta pelos parâmetros da ANA (Agência Nacional de Águas). É o pior índice desde 2016. No ano passado, ele operava com 63,1% nessa mesma época.
Em 2013, um ano antes da crise hídrica que levou ao uso do chamado volume morto e da redução de pressão para economizar água, o reservatório estava com 53,7% de sua capacidade. Os dados são da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo).

Sistema Cantareira atingiu 40% de seu armazenamento e já está em estado de alerta.
Neste ano, o sistema recebeu até o momento apenas 64,8% da chuva esperada para o período. O melhor mês foi janeiro, quando a Sabesp mediu 276,6 mm, ante 262,6 mm de média histórica. Em julho, até domingo, a chuva registrada foi de apenas 1,2 mm. A cidade de São Paulo completou ontem 103 dias sem uma chuva significativa, de ao menos 10 mm, e 45 sem nem uma gota d’água sequer vinda do céu.
O longo período de seca influiu não só no nível do Cantareira, mas também de outros importantes reservatórios, como o Guarapiranga, que abastece boa parte da zona sul da capital e registrava ontem 62,9% de sua capacidade –ante 72,5% há um mês– e o Alto Tietê, que ontem estava com 52,8% –no dia 29 de junho, eram 56,7%.
Na semana passada, questionada se o Cantareira estava em crise, a Sabesp informou que poupou 25% do que poderia retirar do sistema e economizou 245,8 bilhões de litros do volume útil nos últimos 13 meses e que, sem as medidas, o sistema hoje teria apenas 15% da capacidade e não pouco menos da metade.
No domingo, a companhia informou que cabe à ANA e ao DAEE (Departamento de Água e Energia Elétrica) decidir se haverá mudança na operação do sistema Cantareira diante do baixo índice do reservatório. A última resolução referente ao assunto disponível no site do DAEE data de maio do ano passado e dá à Sabesp a autorização para retirada da vazão máxima do sistema para o abastecimento.
Lavar calçada com água potável em São Paulo poderá render multa de R$ 250 desde sábado, 28. A Prefeitura da capital publicou decreto no Diário Oficial que regulamentou uma lei aprovada em 2015, na gestão do prefeito Fernando Haddad (PT).
“A limpeza de calçada deverá ser feita por varrição, aspiração ou outros recursos que prescindam de lavagem, exceto quando essa seja realizada com água de reúso, de poço ou de aproveitamento de água de chuva, desde que comprovada a origem da água utilizada”, diz o texto. A legislação abre exceções para casos de alagamento, deslizamento de terra e derramamento de líquidos gordurosos, pastosos, oleosos e semelhantes, provocados por terceiros, ou ainda se a concessionária não fizer a limpeza de calçada após a realização de feiras.
Na primeira infração, a Prefeitura aplicará apenas uma advertência e, na segunda, a multa, que pode ser dobrada em caso de reincidência. O valor da multa será atualizado anualmente de acordo com a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Fique atento e colabore! Economize água!
Fonte: Metro Jornal